Você se acostumaria com um banheiro sem saneamento, mantido a energia solar? Estranho pensar que isso poderia dar certo, não é?
Pois um Engenheiro de Tecnologia e sua equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia tiraram essa ideia da gaveta e fizeram acontecer. Com esse projeto os caras foram premiados pela Fundação Bill e Melinda Gates com nada menos que 100mil dollares.
A ideia do projeto é baseada em auto suficiencia enfrentando os desafios com higiene, saneamento e água nos países em desenvolvimento. Isso significa que criar um banheiro autônomo, no que diz respeito à manutenção do seu funcionamento, traria economia e resolveria questões de falta de saneamento básico.
Essa falta de tratamento da água nos países em desenvolvimento onde existem altos níveis de problemas relacionados a má qualidade da água e do saneamento expõem a população à milhares de bactérias causadoras de doenças como diarréia. Além do grande gasto que envolve uma infra estrutura de saneamento, utilizando o formato dos banheiros atuais.
Mas sem saneamento, para onde vai todos os 1 e 2 de cada dia? Para onde iriam esses dejetos? Entendendo o processo, eles iriam para um tanque de retenção subterrânea contendo bactérias responsáveis pelo pré-tratamento das fezes e urina. Depois passa por um reator eletroquímico e é oxidado. A água extraída é desifectada e pode ser reutilizada para irrigação, por exemplo.
O banheiro transforma lixo em fertilizante que pode ser utilizado no plantio, e em hidrogênio, que pode ser armazenado e transformado em combustível para gerar energia. Todo esse processo de tratamento é sustentado por um dia apenas de energia solar e isso é bem legal.
O design é de uma privada no estilo ocidental, um mictório e um vaso sanitário de agachamento. E pra quem ficou curioso em como esse projeto foi testado, saiba que foram usados 50 litros de cocô falso feito de arroz e soja para as demostrações na Feira em Seattle, na mês passado. Já na Caltech, a equipe de Hoffman testou seu banheiro usando amostras de estações de tratamento de águas residuais na área de Los Angeles.
Tudo pela ciência, não é?
Esse vídeo da Fundação Bill e Melinda Gates mostra de forma bem legal a ideia.
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